De geração em geração, assim se vão transmitindo as tradições que fazem deste destino um lugar predileto que pela sua autenticidade e valor exuberante o elevam a uma das nove maravilhas do Arquipélago dos Açores.

Um legado de vivências e memórias, que dá voz à nossa essência, à nossa história e às nossas “gentes”, e que são tão bem apreciadas por aqueles que nos visitam.

Uma representação da nossa forma de viver caricata, que não estando perdida no passado vai tomando o seu rumo em direção ao futuro e ao mundo.

Velas, em São Jorge, um paraíso no coração dos Açores!

 

Informação complementar:

 Matança do Porco: uma tradição que tinha início com a cozedura das cebolas para a morcela e que terminava com bailaricos e brindes. Juntava-se a família e amigos, cozia-se pão de trigo e biscoito e desmanchava-se o porco. Havia a presunção de mostrar o seu tamanho e gordura e deixava-se escorrer o sangue para um alguidar que seria mais tarde utilizado para as morcelas.

As crianças usavam a bexiga como bola de futebol e as mulheres iam para a ribeira lavar tripas.

Ao jantar chamavam-se os vizinhos que vinham comer a molha da matança, dando-se posteriormente início ao bailarico que era sempre “tomado” pelos mascarados, invasores estes que, sendo irreconhecíveis, deixavam sempre a “pulga atrás da orelha”.

As Desfolhadas: começando o dia com a apanha, este era o ritual mais alegre de todo o ciclo do milho. Juntava-se os amigos no palheiro que ao sabor de castanhas e milho cozido e vinho com açúcar, iam desfolhando as maçarocas com alguma ânsia e malícia, pois sabiam que se fosse vermelha, significava um beijo e se fosse riscada, significava um “beliscão”.

Semana Santa: uma tradição religiosa que começando no domingo de Ramos e terminando no domingo de Páscoa, representa assim a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. Nesta semana é costume que chegado o meio-dia de Quinta-Feira Santa, os homens abandonem as lides agrícolas, retomadas apenas no Sábado da Aleluia, e que na Sexta-feira Santa, dia de jejum e abstinência, não se coma qualquer tipo de carne, cuidando apenas dos animais que estão ao pé de casa.

As “Mudas”: ida das populações que vivem nas partes mais altas do concelho, para as fajãs, onde assim podem fugir ao clima mais rigoroso.  Este processo ocorre duas vezes ao ano, normalmente em janeiro, fevereiro ou março e em julho, agosto ou setembro. Nos primeiros três meses aproveitam para semear plantações e nos últimos meses para a colheita e prática da vindima.

CONHEÇA O CONCELHO DE “VELAS, CAPITAL DO QUEIJO” PELAS SUAS TRADIÇÕES